FHGV integra-se à campanha de prevenção ao suicídio

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Desde 2014, Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, com o objetivo de alertar a população a respeito dessa realidade no Brasil e no mundo. Vários locais públicos são iluminados com a cor amarela no sentido de chamar a atenção para o problema. A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas se integra à campanha, propondo ações que estimulem o debate sobre o tema.

Até o final deste mês, estaremos publicando uma série de três matérias para trazer mais informações sobre o contexto que envolve o tratamento ao suicídio. Esta primeira apresenta um panorama com dados que revelam a gravidade da situação. Na segunda matéria, destaque para as ações de integração da Linha de Saúde Mental da FHGV e as iniciativas para lembrar o Setembro Amarelo. No capítulo seguinte, os mitos e verdades sobre o assunto, com dicas de como lidar na prática com situações que se apresentam no cotidiano.

TABU QUE MATA EM SILÊNCIO

Há alguns anos, doenças como Aids e câncer representavam um mito para a sociedade. Entretanto, quanto menos se falava delas em público, mais aumentavam os índices de mortalidade. Somente quando o assunto começou a ser abordado, inclusive com campanhas específicas de conscientização, conseguiu-se controlar razoavelmente a progressão das enfermidades.

O mesmo acontece com o suicídio. Durante muito tempo tem sido tabu numa sociedade conservadora. Para muitos, falar em suicídio era uma forma de estimulá-lo. Os jornais nunca publicavam notícias a respeito. Recentemente, essa visão começou a ser questionada, e diversas informações sobre o tema foram divulgadas, assustando aos menos avisados.

UM SUICÍDIO A CADA 40 SEGUNDOS

Os números, de fato, chamam a atenção. Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que pelo menos uma pessoa comete suicídio no mundo a cada 40 segundos, o que representa uma verdadeira epidemia de proporções globais. Os maiores índices costumam ser registrados em nações pobres, onde os habitantes sofrem com problemas socioeconômicos. Até 2014, de acordo com a OMS, o Brasil estava na oitava colocação entre os países com mais suicídios no mundo. O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência.

Pelos números oficiais, 32 brasileiros se suicidam a cada dia, o que representa uma taxa superior às vítimas de Aids e da maioria dos tipos de câncer. A taxa de suicídio de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos, segundo o Mapa da Violência 2014. Para cada morte, há entre 10 e 20 tentativas.

 

No próximo capítulo você saberá detalhes sobre os números relacionados a suicídio nos municípios onde a FHGV possui Unidade de Saúde Mental (USM). Saiba também as ações que a Fundação está preparando para participar da campanha do Setembro Amarelo e as atividades de integração entre as USMs.

 

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