Projeto dará maior eficiência à emergência do HMGV
Na última semana (27 a 30/06), sete colaboradores da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas realizaram, em São Paulo, a capacitação inicial do Projeto Lean nas Emergências, com o evento Gestão de Alta Performance em Emergências (GAPE). A iniciativa foi criada pelo Ministério da Saúde para diminuir a superlotação e os custos nas urgências e emergências dos hospitais públicos e filantrópicos do Brasil, reduzindo o tempo de espera e qualificando o atendimento emergencial ao paciente. Traduzido do inglês, a palavra Lean significa “enxuto”. Ampliando o conceito, expressa uma filosofia que atua de forma a utilizar o mínimo de recursos, reduzindo ou até eliminando atividades que não agregam valor, por meio da identificação dos desperdícios.
O projeto é executado pelos hospitais Beneficência Portuguesa e Sírio-Libanês, de São Paulo, e Moinhos de Vento, de Porto Alegre, através do Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI). No Rio Grande do Sul, a supervisão fica atrelada à Associação Hospitalar Moinhos de Vento, que tem como responsável o consultor Arthur Felipe Feuchard Linhares Ceraso.
A seleção das instituições que participam do projeto acontece em ciclos, a cada seis meses, e é um consenso entre Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde. Para executar a capacitação, as três instituições responsáveis pelo projeto, tidas como de excelência, contam com equipe altamente qualificada, composta de médicos e especialistas em processos, que ministra on-line e presencialmente as práticas e conteúdos, além de prestar consultoria.
Após o hospital ser selecionado, tem início a fase de implementação, que é feita por meio de uma visita diagnóstico ao hospital, seguida de dois dias de imersão, em São Paulo. Na capital paulista, o grupo multidisciplinar montado pela instituição escolhida, recebe as primeiras instruções para fazer o trabalho multiplicador em sua unidade de saúde
Na sequência, a equipe Lean realiza visitas presenciais e quinzenais às instituições participantes para a capacitar as equipes, bem como identificar oportunidades e implementar ações de melhorias. Diariamente, o hospital deve alimentar planilhas que são compartilhadas com os instrutores. Essa fase tem duração de, aproximadamente, seis meses.
De acordo com o diretor Administrativo e Financeiro da FHGV, Marco Antonio Baldo, o projeto trará grande impacto ao Hospital Getúlio Vargas, que é administrado pela Fundação. “O conhecimento das melhores práticas de gestão nas emergências, englobando todas as áreas assistenciais, reduzirá custos dispendidos com tempos e movimentos inadequados e ineficientes”, explica o diretor.
Para o chefe da Emergência do HMGV, Ângelo Viezzer, o projeto Lean vem para diminuir desperdícios e aumentar a produtividade. “Vamos qualificar os fluxos na nossa instituição e, consequentemente, reduzir a superlotação”, diz ele. Segundo Viezzer, a iniciativa é realmente inovadora e trará resultados significativos, além de promover a motivação das equipes.
Texto: Rogério Carbonera – MTB 7686 / Comunicação FHGV
Fotos: Divulgação FHGV