Unidade de AVC do Hospital Municipal Getúlio Vargas ganha nova área
A partir desta sexta-feira (29/10), Dia Mundial de Prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC), a Unidade de AVC do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) ganhou uma nova área com espaço que possibilita mais conforto para o paciente, que é assistido por equipe multiprofissional. Por ano, 240 casos são atendidos no hospital e 43% não são de Sapucaia do Sul, já que o hospital é referência para esse tipo de atendimento também para a população de Parobé, Esteio e Taquara.
Ainda de acordo com as estatísticas de atendimento, 89% dos casos são AVC do tipo AVC isquêmicos e 11% do tipo hemorrágico. Além disso, 72% dos pacientes chegam no HMGV de ambulância. “No Getúlio Vargas, 22% dos pacientes atendidos com AVC recebem o medicamento de trombólise intravenosa. Esse número é muito superior a estatística nacional que é de menos de 1%”, explica o neurologista e coordenador da Linha de Cuidado do AVC da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), Diógenes Guimarães Zãn.
Tempo de atendimento
A Linha de Cuidado do AVC da FHGV foi criada há 5 meses, e as equipes de todas as unidades geridas pela Fundação, têm passado por capacitações constantes. Para Zãn, isso tem refletido de forma significativa no tempo do atendimento do paciente com AVC. “Quanto mais demorado para iniciar o tratamento, maior a chance de sequela no paciente, que precisa de tomografia e atendimento rápido. As capacitações têm reduzido significativamente o tempo da hora da chegada do paciente no hospital até a realização da tomografia”, avalia.
No HMGV, ainda segundo os dados da Linha de Cuidado do AVC, em se tratando do item porta – tomografia, que representa quando o paciente chega no hospital até realizar esse exame, o tempo passou de 47 minutos para 15 minutos. Já no item porta – agulha, que considera quando o paciente chega no hospital até ser medicado, reduziu de 86 minutos para 47 minutos.
A equipe que atua na assistência ao paciente com AVC do Hospital Tramandaí (HT), no litoral Norte, depois dos treinamentos, também conseguiu reduzir o tempo nos atendimentos. Em se tratando de porta – tomografia, passou de 32 minutos para 17 minutos; e no que se refere à porta-agulha, passou de 100 minutos para 62 minutos. Por ano, em média são atendidos 500 casos de AVC no HT. Em torno de 44% dos pacientes são de fora de Tramandaí e pertencem a outros dez municípios que tem o Hospital Tramandaí como referência para o atendimento do paciente com AVC: Imbé, Cidreira, Pinhal, Capivari do Sul, Mostardas, Tavares, Palmares do Sul, Osório, Santo Antônio da Patrulha e Caará.
Principais ações
- Criação da Linha de Cuidado do AVC, em maio, deste ano.
- Criação de fluxograma de atendimento para todas as unidades.
- Capacitação em todas as unidades administradas pela Fundação – Hospital Municipal Getúlio Vargas, Unidade de Pronto Atendimento, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no polo Sapucaia do Sul; Hospital Tramandaí no litoral Norte e em hospitais referenciados.
- Implantação de telemedicina através do TeleStroke.
- Coleta de indicadores epidemiológicos que, até o momento, a FHGV não possuía.
- Início de dois estudos de pesquisa de pacientes com AVC através do Instituto de Ensino e Pesquisa da FHGV.
- Estruturação da equipe de neurologistas em parceria com a iNeuro.
Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 / Comunicação FHGV
Foto: Jocélia Bortoli