Serviço de fonoaudiologia do HMGV passa a realizar teste da linguinha
Em maio, o Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) implantou o teste de linguinha para os recém-nascidos na instituição. Neste primeiro mês, foram realizados 74 testes com o resultado normal para 70 bebês e com diagnóstico alterado para quatro recém-nascidos. Esses casos dependeram de encaminhamentos para atendimentos no Serviço Especializado de Reabilitação em Sapucaia do Sul e para cirurgia buco-maxilo-facial que pode ser tanto com odontólogo quanto com médico pediatra. O teste de linguinha integra o serviço de fonoaudiologia do HMGV e acontece no alojamento conjunto do hospital que está sob à coordenação da Linha de Cuidado Mamãe, Bebê e Criança.
A fonoaudióloga, Naiara Souza Silva da Costa, explica que com esse teste é possível ver a mobilidade da língua do bebê. Caso essa mobilidade não esteja dentro do normal, há impactos nas funções de deglutição e sucção que, posteriormente, afetam a fala. “Converso com a mãe para saber se ela sente dor ao amamentar e, se há fissura no seio, pois isso é indício que a mamada do bebê não está adequada. É preciso ficar atento à qualidade da mamada, o tempo da sucção, se o recém-nascido cansa, e se a mamada tem algum estalo ou barulho na sucção”, afirma.
Também é necessário que seja identificado o formato da língua do recém-nascido e onde está a fixação do frênulo, que é a pele abaixo da língua. “Verificamos a elevação da língua quando o bebê abre a boca e durante o choro. Assim, dá para verificar se a extensão é normal, já que a língua se movimenta quando ele chora. Caso a língua seja presa, ela possui um formato diferente. Com um frênulo não normal, o bebê perde peso, desmama precoce e têm dificuldades na fala”, acrescenta a fonoaudióloga Carla Machado de Figueiredo.
Teste
da linguinha
O teste da linguinha é um exame padronizado de acordo com a Lei 13.022 de 20 de junho de 2014 e com o Protocolo de Bristol. O segundo filho da dona de casa, Ana Paula Senger Vidal, nasceu no HMGV. Antes de mãe e filho receberem alta, foi feito o teste da linguinha. Assim que a fonoaudióloga Naiara falou com ele e o segurou no berço, ele logo abriu a boca e mostrou a língua. Com um olhar mais atento, a profissional diagnosticou que a língua dele é normal, aliviando o receio da mãe.
“Não tinha notado se a língua do Pietro Ravi é normal, mas notei que ele mama bem”. Além disso, Ana Paula tranquilizou-se com o exame realizado pelo serviço de fonoaudiologia do hospital porque na família há um caso de criança língua presa. “Notaram o problema do primo do meu filho quando ele foi para a escola e encaminharam para fazer fonoaudiologia, mas é melhor saber se tem algo desde recém-nascido”, revela a mãe.
Texto: Jocélia Bortoli – 9653 / Comunicação FHGV
Fotos: Jocélia Bortoli / Comunicação FHGV