Parceira entre SENAI-RS, GM e NOVUS recupera mais um ventilador pulmonar do Getúlio Vargas
Na manhã desta sexta-feira (14/05), o Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), gerido pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), recebeu um ventilador pulmonar consertado gratuitamente através de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RS), a General Motors (GM) de Gravataí e a empresa NOVUS de Canoas. Além desse equipamento, um outro ventilador pulmonar do hospital encontra-se em conserto com o grupo.
A gerente de operações, Suzana Sartori, explica que o SENAI-RS é responsável pela logística da coleta dos equipamentos nos hospitais até a GM que, depois de realizar os consertos, devolve para os hospitais. “O SENAI disponibiliza uma plataforma onde os gestores dos hospitais acessam e se cadastram para que os respiradores sejam consertados. Essa é a segunda vez que entregamos respiradores recuperados para o HMGV. Também colocamos dois técnicos instrutores do SENAI à disposição no laboratório da GM. Nesta segunda etapa da parceria com GM e NOVUS, participamos ainda com recursos financeiros para a aquisição de peças para a manutenção dos respiradores”, relata.
O diretor de Tecnologia e Inovações da NOVUS, Marcos Dillenburg, comenta que a empresa já tinha apoiado a iniciativa da GM, em 2020, com material e alguns consertos. “Neste novo chamamento, a GM e o SENAI não dispunham de recursos financeiros e convidaram a NOVUS para contribuir. Utilizamos a nossa rede de conhecimento na área industrial do Estado e convocamos empresários para fazerem doações. Recebemos cerca de R$ 150 mil que foram destinados à compra de peças. Nós fizemos toda a gestão da compra das peças. Na medida que os recursos financeiros foram terminando, o SENAI assumiu o restante das compras”, esclarece.
De acordo com Dillenburg, no ano passado, a parceria da NOVUS nessa ação era com o aporte tecnológico, dedicando-se ao conserto das placas eletrônicas dos respiradores. “É responsabilidade social pura. Estamos num bom momento para a indústria do segmento eletrônico mesmo em meio à pandemia, e a gente tinha a possibilidade de contribuir financeiramente, por meio do conhecimento e do respeito, na rede das indústrias do Rio Grande do Sul para que os demais empresários confiassem e contribuíssem. Estar aqui, hoje, entregando o respirador consertado já é uma forma de prestar contas da ação que dá resultado”, reforça.
Dillenburg também é membro do Conselho de Inovação e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado Rio Grande do Sul e, segundo ele, o valor de R$ 150 mil recupera em torno de 20 a 25 respiradores.
Mobilização
O gerente da General Motors (GM) de Gravataí e coordenador do Laboratório de Manutenção e Ventiladores Pulmonares, Edegar Hackbart, comenta que na primeira fase do trabalho, no ano passado, teve uma mobilização nacional sobre assunto. “A partir de um contato do governo Federal com a nossa empresa, expandiu-se para a mobilização com a Confederação Nacional da Indústria e diversas montadoras brasileiras montaram seus polos de manutenção para os respiradores. Nacionalmente, foram mais de quatro mil equipamentos recuperados. Para este ano, não temos essa mobilização nacional. No entanto, no início de março com o aumento de casos no Estado e com o pico de ocupação das UTIs, um representante do governo do Estado demandou a retomada da mobilização do laboratório frente as dificuldades dos hospitais. Nos comovemos e remobilizamos para esta segunda fase de manutenção”.
Hackbart observa que a diretoria da GM sinalizou para a realização do trabalho com a utilização da expertise técnica da GM numa equipe reduzida com oito pessoas. Até o momento, a força-tarefa parceira já recebeu 42 equipamentos para serem consertados, e o ventilador pulmonar entregue no HMGV é o décimo a voltar a funcionar nesta fase do projeto. “Fomos ágeis para remobilizar o laboratório tanto a estrutura física quanto os recursos humanos. Também fomos ágeis na capacidade de mobilizar o SENAI, a NOVUS, e o próprio governo com a divulgação e a captação dos equipamentos. Isso funciona através de uma plataforma do SENAI na internet e o governo do Estado faz a divulgação para fazer o cadastro neste site”, enfatiza.
O gerente comenta ser difícil estipular um tempo para o conserto do respirador porque há escassez de peças. Contudo, a rede de contatos da GM e a qualificação técnica da equipe permite que esse processo seja agilizado. “Existe respirador que consertamos em dez dias e tem outro que leva um mês ou mais”, destaca. Quanto ao significado da ação para a GM, ele complementa dizendo que “como diz na carta do nosso Vice-Presidente, representa gratidão e ação social humanitária de atendimento à demanda da comunidade. É uma maneira de retribuirmos e participarmos nesse período tão complexo e desafiador que temos vivido”.
FHGV
Além do ventilador pulmonar consertado, a gerente de Atenção à Saúde do HMGV, Loredi Becker Gomes, recebeu uma carta do vice-presidente da GM, Luis Carlos Peres. Nela, consta que: “diariamente, estamos pensando no que mais podemos fazer, nossos profissionais seguem buscando soluções para aumentar a velocidade no reparo destes ventiladores e prover este recurso essencial neste momento em que nosso país enfrenta esta pandemia do covid-19. Seguiremos promovendo e apoiando todas as iniciativas possíveis para combater esse vírus e diminuir seus impactos”.
O diretor de Atenção à Saúde da Fundação, Marcelo Bastiani Pasa, observa ser fundamental a recuperação dos ventiladores pulmonares, principalmente, pela dificuldade de encontrar os equipamentos e as peças devido ao aquecimento atual do mercado. Somado a isso, ele aponta ser essencial o conserto porque há uma questão ambiental, já que se não pudesse ter sido consertado, o equipamento seria transformado em lixo de difícil descarte.
Conforme o diretor Administrativo e Financeiro, Marco Antonio Baldo, o tempo de entrega do equipamento consertado pelo SENAI-RS, pela GM e pela NOVUS é rápido, inclusive, mais ágil que os fornecedores que prestam serviços para a Fundação.
Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 / Comunicação
Fotos: Divulgação FHGV
