FHGV cria Linha de Cuidado em AVC para unidades geridas pela instituição

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As linhas de cuidado caracterizam-se por padronizações técnicas com informações relativas à organização de oferta de saúde no Sistema Único de Saúde as quais descrevem rotinas do itinerário do paciente, contemplando informações relativas às ações e atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação a serem desenvolvidas por equipes multidisciplinares em cada serviço de saúde. Essas linhas viabilizam a comunicação entre as equipes, os serviços e os usuários de uma rede de atenção à saúde com foco na padronização de ações organizando a continuidade do atendimento. O Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) e o Hospital Tramandaí (HT) geridos pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) são referência para o atendimento à Linha de Cuidado Adulto com acidente vascular cerebral (AVC) com uma abrangência de 15 municípios e microrregiões onde se localizam. O atendimento a pacientes com AVC ocorre ainda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que também estão sob a gestão da FHGV.

Para intensificar a qualidade desses atendimentos, a Fundação criou a Linha de Cuidado em AVC. A novidade entrou em funcionamento, neste mês, depois de ter passado pela aprovação do Conselho Curador. “Para que o atendimento a esta importante linha de cuidado funcione de maneira integrada, faz-se necessária a implantação de coordenação médica específica e especializada que possibilite a organização matricial da assistência e dos fluxos para que sejam atingidos os resultados na assistência ao paciente com AVC”, afirma o diretor de Atenção à Saúde da FHGV, Marcelo Bastiani Pasa.

Coordenação

O coordenador da Linha de Cuidado em AVC, Diógenes Zãn, neurologista pós-graduado em neurologia vascular, explica que a criação da linha tem como principal objetivo melhorar o atendimento dos pacientes acometidos de AVC isquêmico e hemorrágico desde a fase aguda até a alta hospitalar. “O AVC é a segunda maior causa de morte e a principal causa de incapacidade no Brasil e no mundo. De cada quatro pessoas que têm AVC, três ficam incapazes de retornar a sua rotina normal de vida. Não podemos esquecer que o AVC é uma doença aguda que precisa de atendimento de urgência para diminuir a chance de incapacidade. No caso de AVC isquêmico, por exemplo, temos 4 horas e meia desde o início dos sintomas até a administração do tratamento: isso é o que chamamos de janela terapêutica. Por essa razão, é importante uma cuidadosa revisão e adequação dos fluxos de atendimento pré e intra-hospitalar para aumentar a agilidade e a qualidade do atendimento dessa grave doença. Esse é um dos principais objetivos da nova Linha de Cuidados em AVC da FHGV”, destaca Zãn.


“O AVC é a segunda maior causa de morte e a principal causa de incapacidade no Brasil e no mundo”, observa o neurologista Diógenes Zãn

Ainda de acordo com o neurologista coordenador da nova linha, além de atendimento de urgência, o paciente com AVC necessita de especial atenção que envolve a reabilitação motora, a prevenção de pneumonia por aspiração, a prevenção de escara, bem como diversos outros cuidados que envolvem uma equipe multidisciplinar composta por médicos clínicos, neurologistas, neurocirurgiões, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, equipe de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos. “Todos esses cuidados exigem a presença de uma equipe multidisciplinar que precisa de capacitação permanente e continuada para manter uma assistência qualificada contra essa patologia grave, o que também compõem os objetivos da linha”, ressalta.

Além de ser neurologista formado pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCPA/UFRGS) onde também realizou fellowship em Neurorradiologia Intervencionista, o coordenador da Linha de Cuidado em AVC da FHGV, Diógenes Zãn, é mestre em Neurociências voltada para AVC pela UFRGS. A dissertação defendida por Zãn deteve-se ao tema “Fatores relacionados ao atraso da chegada do paciente com AVC ao hospital”. Mais uma qualificação do neurologista é a pós-graduação em Neurologia Vascular pelo Hospital Moinhos de Vento, entre outras capacitações. Zãn é médico concursado na FHGV desde 2017.

Texto: Jocélia Bortoli – MTB 9653 / Comunicação FHGV

Fotos: Jocélia Bortoli

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