Enfermeiras da FHGV relatam inspirações e experiências em dia comemorativo
Nesta terça-feira (12) é o Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, e em 20 de Maio, comemora-se o Dia Nacional do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem, e a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) homenageia e agradece aos profissionais dessa área que atuam nas unidades de saúde geridas pela Fundação: Unidade de Pronto Atendimento e Hospital Municipal Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul e Hospital Tramandaí no Litoral Norte. Neste ano, as comemorações ficaram restritas por causa da pandemia do coronavírus sem a tradicional semana da enfermagem com atividades que concentram os principais temas da área. Mesmo assim, a data se torna ainda mais relevante, sobretudo, no atual contexto mundial com o profissional de enfermagem na linha de frente para o combate da covid-19.
A FHGV conta com 176 enfermeiros e 681 técnicos de enfermagem. Todos essenciais para o trabalho assistencial às pessoas que buscam atendimento através do Sistema Único de Saúde. Em comemoração às datas dessas categorias profissionais, duas reportagens especiais foram preparadas: uma para hoje, e a outra, para o próximo dia 20. Na primeira, enfermeiras contam suas inspirações e experiências, representando um pouco do intenso trabalho das equipes em prol da saúde pública de qualidade.
Enfermeira no HMGV
O relato inicia com a enfermeira Aline Steffen formada pela Universidade Feevale em 2017 e atuando há pouco mais de um ano na emergência do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) em Sapucaia do Sul. Moradora de Ivoti, quando ela saí para trabalhar, deixa em casa o marido Rafael Habitzreiter e as cachorras Bia, Nina e Lara. “Sempre digo que a enfermagem me escolheu, mas minha inspiração para seguir essa profissão foi gostar do trabalho das enfermeiras da Unidade Básica de Saúde de Ivoti onde minha mãe, Diva Froehlich Steffen, trabalhava como higienizadora e eu gostava de frequentar. Durante dez anos de profissão, tive vários momentos especiais, mas acredito que o mais marcante é quando recebemos um muito obrigado. Isso nos faz mais felizes e nos traz uma satisfação de dever cumprido por ter ajudado o próximo”, afirma.
A respeito de atuar no período da pandemia, Aline conta ser um desafio a cada dia com alguns medos mesmo com o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs). Contudo, ela cita um trecho do juramento da enfermagem: “juro dedicar a minha vida profissional ao serviço de saúde da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência”. Para ela, o juramento prevalece em todas as situações que precisa enfrentar diariamente no exercício de sua profissão. Quanto ao conselho para quem quiser seguir a carreira, Aline comenta que: “uma profissão de muita responsabilidade, muita dedicação e muito gratificante”.
Enfermeira no HT
A segunda história é da enfermeira formada há 3 anos pelo Centro Universitário Cenecista de Osório, Cássia Maria Camargo Otton, que trabalha no centro obstétrico do Hospital Tramandaí (HT) desde 2018. Natural de Porto Alegre, Cássia acumula ainda a atuação como técnica de enfermagem por 20 anos. “Desde muito jovem, tive aptidão para cuidar de pessoas. Tive uma mãe com câncer de mama e prestava cuidados domiciliares a ela. Sempre tive algo ligado diretamente à parte humana de cuidar das pessoas e não me vejo fazendo outra coisa que não seja a enfermagem. Sou a única enfermeira da família, contudo, tem uma parte que foi para a medicina e creio que fui influenciada por outras pessoas que me auxiliaram na minha escolha profissional”, revela.
A porto-alegrense mora em Imbé com o marido João Batista da Silveira, e o filho de 17 anos, Daniel Otton da Silveira. São eles que ela deixa em casa para ir trabalhar no HT, principalmente, agora na pandemia, que para ela é uma época muito peculiar. “Deus é minha fortaleza para me manter forte em tempos de pandemia. Quando a gente sai de manhã, não sabe exatamente o quadro que vai encontrar onde trabalhamos. Sempre relato que devemos agradecer por acordar de manhã cedo, ter saúde e emprego. Devemos agradecer pelo trabalho da equipe durante uma manhã inteira. No centro obstétrico onde trabalho lidamos com muita vida e ajudamos pacientes a terem seus filhos. Devemos agradecer a equipe pelo turno de trabalho, e se foi muito difícil, agradecer o empenho de todos”, explica.
Com relação à inspiração para ser enfermeira, Cássia assim como Aline acrescenta o que diz o juramento da profissão. “É tão bonito no dia da formatura, mas é tão profundo o que juramos. Aquela declaração que fizemos na frente de todos, temos que fazer com muita seriedade e prestar nosso trabalho com todos os cuidados específicos”, reforça. Cássia acredita que para ser enfermeira é imprescindível saber lida com pessoas que são muito diferentes mesmo quando se tratarem de gêmeos iguais, pois nem eles têm o mesmo comportamento. “Imagina lidar com pessoas que nunca vemos? Meu primeiro conselho para quem quiser ser enfermeira é saber tratar e lidar com as pessoas e, principalmente, saber tratar e ter muito amor pelo que faz porque isso é essencial”, finaliza.