Capacitações vão viabilizar fluxo de atendimento a mulheres em situação de violência no HMGV

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A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) está em fase de implantação de um fluxo de atendimento a mulheres em situação de violência atendidas no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV). Após uma comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, um grupo multidisciplinar surgiu em 2019 para tratar dessas questões e, sobretudo, para traçar um protocolo de atendimento que evita a revitimização das mulheres agredidas. A sequência desse trabalho contém uma série de capacitações em diferentes turnos que serão desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Mas, em razão da pandemia do coronavírus, o início dos cursos previsto para abril foi adiado para julho.

A assistente social especialista em saúde comunitária pela Universidade Luterana do Brasil Tainara Fortes Teixeira explica que esse fluxo se estabelece como um guia para o acolhimento da mulher vítima de violência desde o momento em que ela chega para atendimento no HMGV. “O guia é para que a mulher seja atendida de maneira eficaz e com qualidade, visando a integralidade no cuidado em saúde. Além disso, esse fluxo objetiva valorizar a privacidade para que a mulher se sinta protegida durante o atendimento”, afirma.

Quanto ao modelo do fluxo, a assistente social observa que é baseado nas normas técnicas do Ministério da Saúde e no Guia de Atendimento às Pessoas em Situação de Violência Sexual disponibilizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/2019).

Serviço Social

A assistente social observa que a Organização Mundial da Saúde definiu a violência como um grave problema de saúde pública além de ser uma violação dos direitos humanos. Tainara destaca ainda que esse fenômeno é complexo e fortemente influenciado por fatores sociais, ambientais, culturais, econômicos e políticos. “Nesse sentido, o serviço social busca garantir o acesso aos direitos da mulher através do acolhimento das demandas sociais desta e da articulação com a rede socioassistencial do Município, visto que a demanda não se esgota em um atendimento. Com isso, o assistente social intervem na compreensão do contexto social da mulher e no fortalecimento de sua autonomia para que ela possa exercer o seu protagonismo e a sua cidadania”, ressalta Tainara.

Capacitações

A responsável pela Área de Desenvolvimento de Pessoas (UGT) vinculada a Diretoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Fundação Ana Souza informa que em princípio a previsão é que as capacitações ocorram em julho. No entanto, ela lembra que está sendo acompanhado o avanço da pandemia do coronavírus no Brasil e que o início do curso pode passar por nova alteração. O fluxo de atendimento a mulheres em situação de violência e as capacitações também estão sendo planejadas para serem expandidas a outras unidades da FHGV como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e o Hospital Tramandaí.

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