Equipes da FHGV concentram esforços para o alcance de metas assistenciais
Desde o início deste ano as equipes, chefias e coordenações do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) concentram esforços para que metas relacionadas à atenção à saúde sejam aprimoradas. Um dos setores com incremento assistencial é o Ambulatório de Especialidades que disponibiliza consultas com médicos especialistas. Em setembro, os números expressam 3.359 atendimentos que significam o alcance 98,50% do total estipulado na meta. No mês anterior, ocorreram 2.945 atendimentos que representam 86,36% em relação à meta estipulada que é de 3.410 assistências. Contudo, no comparativo entre esses dois meses o aumento registrado é de 12,14% no total de atendimentos definidos para se chegar à meta. Esses dados são da Direção de Atenção à Saúde da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV).
O HMGV é um hospital de média complexidade que deve fazer 766 internações e 56.298 atendimentos ambulatoriais por mês. Em agosto, os dados da Unidade de Planejamento, Monitoramento e Avaliação (UPMA) da Fundação revelaram 739 internações e 37.025 atendimentos ambulatoriais que representaram 96,48% e 65,77% respectivamente. Em setembro, a UPMA registrou 541 internações ou 70,63% e 33.701 atendimentos ambulatoriais ou 59,86% da meta a ser atingida.
No Hospital Tramandaí que também é de média complexidade as metas traçadas são de 468 internações e 18.225 atendimentos ambulatoriais mensais. O controle de dados da UPMA revelou que foram internadas 451 pessoas ou 96,37% e realizados 20.335 procedimentos no ambulatório ou 111,58% do alcance da meta durante o mês de agosto. De setembro, os números expressaram 479 internações ou 102,35% e 19.364 atendimentos ambulatoriais ou 106,25% de meta alcançada.
Avaliação
O diretor-geral da FHGV Gilberto Barichello observa que desde o segundo semestre deste ano a prioridade tem sido o cumprimento de metas que passam por revisão tanto pelas equipes da Fundação quanto da Secretaria Municipal da Saúde de Sapucaia do Sul. Além disso, os profissionais são capacitados para que melhorem os registros de atendimento. “Tivemos uma sensível melhora com o aumento de 12,14% nos atendimentos realizados no Ambulatório de Especialidades do HMGV, que não são suficientes para o atingimento da meta. Estamos revisando o plano operativo com o dimensionamento das metas a partir da capacidade instalada do hospital sapucaiense e das necessidades apontadas pela Secretaria da Saúde. O Hospital Tramandaí cumpre as metas e o nosso objetivo além de alcançá-las é primar pelo aumento do acesso e da qualidade da atenção à saúde das pessoas”, avalia Barichello.
A diretora de Atenção à Saúde da FHGV Patrícia Bienert lembra que de um modo geral 2018 foi um ano difícil para a saúde. Segundo ela, neste ano, a situação vem melhorando com os repasses de recursos financeiros e a retomada dos fluxos de trabalho. “Desde o último agosto foram retomadas as cirurgias eletivas. Os esforços foram intensificados para o cumprimento de metas e o atendimento da demanda reprimida que começou a ser superada com medidas que saneiam o déficit financeiro. O foco foi a assistência e os trabalhadores compreenderam as necessidades e se empenharam. Um bom exemplo disso é o Ambulatório de Especialidades onde em agosto foram realizados 2.945 atendimentos, e em setembro, 3.359”, cita.
Outro índice destacado por Patrícia é o de ampliação do quadro de especialidades com a disponibilização de consultas com otorrinolaringologista e proctologista, que não existiam até então no HMGV. “Há um empenho dos profissionais e das chefias que se dedicam para alcançarem as metas”, reforça.
Desafios
Para a diretora, o maior desafio para o aperfeiçoamento das metas é a captação de especialistas no mercado de trabalho. Outro fator que ela acredita auxiliar nos índices é o da conclusão das reformas no Centro Obstétrico e na Emergência do HMGV que contará com infraestrutura mais adequada de leitos. “Além disso, ajudariam no cumprimento de metas as aquisições de equipamentos como o fibrobroncoscópio, que não temos, e de novas tecnologias em aparelhos para exames, diagnósticos e procedimentos”, reforça.
Por fim, a diretora menciona a diminuição da média de permanência de internação como um dos maiores desafios para o desenvolvimento das metas. “O HMGV é de média complexidade e a transferência de pacientes que precisam de alta complexidade está com uma resolutividade de 20 dias que impactam de forma muito negativa porque compromete o prognóstico clínico do paciente. Existem outros casos que dependem de transferência como os de traumatologia de alta complexidade, entre outras situações”, finaliza Patrícia.
Outro fator que interfere no atingimento de metas da Fundação é o financeiro. O diretor Administrativo e Financeiro Leandro Barcellos explica que a melhora da situação financeira da FHGV se deve à regularização do repasse de verbas do governo estadual, permitindo o pagamento em dia de fornecedores e trabalhadores. “Somam-se a isso diversas medidas que impactaram na redução de custos. Ressalta-se a articulação da Direção Executiva na busca de emendas parlamentares que permitirão a aquisição de novos equipamentos médicos e de informática, possibilitando aprimoramento da gestão, melhoria na assistência e atingimento das metas contratuais”, avalia Barcellos.
Por fim, o diretor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas Alex Borba dos Santos observa que o dimensionamento do quadro de pessoal feito através da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e da Rede Unida permitiu a definição das reais necessidades de equipes nos setores com base em critérios técnicos definidos em conjunto. Um exemplo prático desse trabalho envolve a equipe de enfermeiros, pois a FHGV está em fase de contratação de 18 novos trabalhadores apontados como necessários por meio do trabalho de dimensionamento.