Unidade Neonatal do HMGV promove encontro de bebês prematuros
Neste domingo (17) é o Dia Mundial da Prematuridade e a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) tem realizado palestras para gestantes a respeito da relação entre prematuridade e doenças maternas que contribuem para que o bebê nasça antes do tempo ideal. Neste ano, ocorreram 52 partos de bebês prematuros no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV). Entre eles, o Douglas Vitório, de cinco meses, que nasceu com 35 semanas mesmo que a gestação da mãe tenha sido tranquila e acompanhada por pré-natal. Com 3.145kg e 48 centímetros, ele precisou de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e foi transferido para o Hospital Santa Clara em Porto Alegre.
“Ele é meu quarto filho e levei um susto porque estava tudo bem. Não deu tempo nem de registrar o nascimento numa foto porque ele foi transferido para o Santa Clara que tem a UTI Neonatal. Eu me assustei porque ele nasceu com cordão umbilical no pescoço, cianótico e ficou 16 dias na UTI. Minha mãe acompanhou o Douglas Vitório. Eu e meu marido ficamos no HMGV até eu ter alta e ir para lá cuidar dele”, conta a dona de casa Daiane Pereira Belíssimo.
Nesta tarde (14) teve encontro dos bebês prematuros nascidos no HMGV. O Douglas Vitório pode fazer amizade com o Davi Lucas, que nasceu com 34 semanas, 40 centímetros e 1.900 kg. “Essa foi a segunda gestação e na anterior foi tudo normal. O Davi Lucas ficou 17 dias na Unidade Neonatal do HMGV porque estava muito abaixo do peso, mas ele não precisou de UTI. Fiz pré-natal e numa ecografia, o médico detectou que ele tinha parado de crescer e de aumentar o peso. Dois dias depois do exame tive que fazer cesárea porque estava com seis dedos de dilatação”, revela a dona de casa Vanessa Francieli Dalla Costa.
Orientações
As trabalhadoras da Unidade Neonatal do HMGV organizaram uma palestra para gestante em torno da relação da prematuridade com as doenças maternas. A ginecologista e obstetra do HMGV Vanessa Zepka Baumgarten explica que o tabagismo, o uso de drogas, o parto prematuro anterior, as infecções maternas como sífilis, infecção urinária, toxoplasmose, HIV, hepatites, estreptococos B presente na flora vaginal, o colo do útero curto e o corrimento vaginal são doenças maternas que causam prematuridade. “Orientamos que as gestantes façam ao menos uma consulta por mês durante o pré-natal para evitar os fatores de risco. Com menos de 32 semanas é prematuridade extrema e a principal causa de morte infantil”, afirma a médica.
Segundo a enfermeira do Centro Obstétrico e da Unidade Neonatal do HMGV, Bibiana Flores, que também é especialista em Neonatologia, as gestantes em trabalho de parto com menos de 36 semanas são encaminhadas para outro hospital que possua UTI Neonatal.
Clisam
De acordo com o Ministério da Saúde, 12% dos partos no Brasil são prematuros. Esses são os casos de bebês que nascem com menos de 37 semanas. Em nível mundial, este mês é dedicado ao Novembro Roxo com conscientização da importância do pré-natal e do combate de doenças que contribuem para a prematuridade. Em razão disso, nesta terça-feira (19), na Clínica de Saúde da Mulher (Clisam) em Sapucaia do Sul. às 9h, a enfermeira Maristela Peixoto ministra palestra acerca da temática.