Evento adverso informatizado facilita registro de dados para segurança do paciente
O evento adverso é qualquer ocorrência desfavorável médica que prejudica ou possa vir a causar danos ao paciente, pois a troca do nome, por exemplo, é um evento adverso que não está ligado ao plano terapêutico. Há 30 dias, o Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) administrado pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas informatizou o registro do evento adverso. Esse tema vincula-se ao Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) criado pelo Ministério da Saúde em 2013.
A enfermeira Cristina Menger Garrido atua na Clínica Médica I do HMGV há 2 anos. Ela já trabalha há 18 anos na área de saúde e antes de ser enfermeira concursada atuou como técnica de enfermagem em outro hospital. A informatização na opinião dela facilitou bastante para registrar o evento adverso. “É um bom mecanismo e não precisa se identificar. É uma ferramenta pronta e de fácil acesso. Acredito que as informações vão favorecer o aprimoramento do trabalho, a qualidade da assistência e a segurança do paciente”, afirma.
Segundo a coordenadora da Linha de Cuidados Adulto, Rafaella Giacomini, o Ministério da Saúde identificou que dentro do processo assistencial ocorrem danos aos pacientes que não deveriam acontecer. Um exemplo é quando um paciente vai para o hospital por causa de convulsão. No entanto, se ele cair da maca e bater a cabeça, ele terá que receber tratamento para mais esse problema. “Isso é um evento adverso. O paciente entra por um motivo e precisa tratamento por outra razão. São vários processos de falhas que precisam ser identificados e que queremos evitar. A notificação sempre existiu e requer do profissional fazê-la. Estamos há 30 dias sem fazer no papel e usando uma ferramenta que está nas áreas de trabalho dos computadores dos funcionários”, explica Rafaella.
Segurança do paciente
Com relação à segurança do paciente, a coordenadora ressalta que não está vinculada somente ao profissional da saúde, todos que perceberem algo que possa causar dano ao paciente podem fazer o registro. “Se o pessoal da manutenção achar que o chão é escorregadio e ocasionar a queda do paciente, pode fazer a notificação que não é punitiva. O registro do evento adverso serve para levantarmos danos das problemáticas e fazer ações para saná-las”, reforça.
A partir dos dados coletados com as notificações, vão ser realizadas reuniões com o Núcleo de Segurança do Paciente. Além disso, dentro do Programa de Educação Permanente e Continuada da FHGV os trabalhadores participam de capacitações referentes ao evento adverso. Para finalizar, Rafaella observa que, futuramente, até o próprio usuário poderá notificar um evento adverso através do site da FHGV.