Primeira roda de conversa do Serviço Social debate situações e estratégias para percepção dos tipos de violência sofrida por assistidos

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O Serviço Social da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) promoveu nessa terça-feira (14) a primeira roda de conversa com o tema “Cidadania e saúde: percepções sobre a violência”. No início da atividade alusiva ao Dia do Assistente Social comemorado nesta quarta-feira (15) foi exibido um trecho do filme “O silêncio de Lara” que retrata o abuso sexual sofrido pela adolescente de 14 anos desde a infância. No desenrolar do média-metragem produzido em Curitiba, a protagonista consegue romper o silêncio após conhecer informações a respeito de como denunciar.

De acordo com a assistente social da FHGV Tainara Teixeira, a roda serviu para que fossem debatidas situações e estratégias que auxiliam na identificação da violência contra a mulher, que é a mais comum, as crianças, os adolescentes e os idosos. Muitos desses casos dependem de atendimento na rede de saúde. “Precisamos perceber mais as situações de violência quando pacientes nos dizem que eles caíram, nos casos de internação de maneira recorrente e na situação que envolve familiar hostil, entre outros”, afirma a assistente social.

Tainara também observa que a mulher que sofre algum tipo de violência às vezes pede ajuda nos atendimentos porque se sente acolhida nos serviços de saúde. “Cabe aos profissionais de saúde notificarem a situação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A nossa ideia é que a equipe se torne multiplicadora para que o serviço social seja acionado, garantindo os direitos das pessoas que sofrem algum tipo de violência e para isso precisamos ter a escuta sensível”, reforça.


“Precisamos acolher e ter muita empatia para suspeitar das situações de violência que chegam nos serviços mascaradas”,
afirma a coordenadora do Programa de Vigilância Interpessoal e Autoprovocada do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Andrea Volkmer.

Palestra

A coordenadora do Programa de Vigilância Interpessoal e Autoprovocada do Centro Estadual de Vigilância em Saúde Andrea Volkmer palestrou na primeira roda de conversa do Serviço Social da FHGV. “Nós profissionais de saúde precisamos estar sempre nos revendo ao atender a população em geral. Precisamos acolher e ter muita empatia para suspeitar das situações de violência que chegam nos serviços mascaradas, pois as pessoas não chegam contando o que sofreram”, observa a coordenadora.

Andrea orientou e esclareceu a necessidade dos profissionais fazerem os registros no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A notificação compulsória de violências interpessoais e autoprovocadas no âmbito da saúde não é denúncia, e sim, um instrumento de garantia de direitos. Depois das etapas de acolhimento, atendimento e notificação, deve-se proceder ao seguimento das pessoas em situação de violências na rede de proteção social.

Sugestões

O Serviço Social da FHGV aceita ideias de novos temas referentes à cidadania e à saúde para futuras rodas de conversa que serão feitas com o objetivo de servir de espaço para o debate e a articulação de diferentes saberes. A ação acontecerá a cada três meses. Os interessados podem fazer sugestões através do (51) 3451-8200 ramal 105 ou pelo e-mail tainara.teixeira@fhgv.com.br.

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