Dieta embasada na avaliação nutricional auxilia na recuperação de pacientes internados
O Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) possui em torno de 120 pacientes e cada um deles passa pela avaliação do setor de Nutrição. Essa área é imprescindível para a recuperação do doente. “A dieta do hospital é muito boa e não fico com fome. O atendimento do setor é ótimo”, opina o pedreiro Leandro Machado que está internado há 15 dias e tem dieta normal.
Além daqueles que estão com dietas normais, existem pacientes que necessitam dietas brandas, hipossódicas, exclusiva para diabéticos, hipolipídicas e específicas para casos de pacientes com insuficiência renal e pediátrica. A coordenadora do setor de Nutrição Ana Cláudia Spolavori observa que na dieta pediátrica considera-se a idade da criança.
Ainda de acordo com a avaliação nutricional, a dieta pode ser líquida, pastosa ou semi-pastosa. Para executar esse trabalho o setor conta com uma coordenadora que também atua na produção, três nutricionistas assistenciais, sete técnicos de nutrição, nove cozinheiros e cerca 30 auxiliares de cozinha. “A nossa maior preocupação é a aceitação da dieta pelo paciente para a recuperação e melhora do estado nutricional”, afirma Ana Cláudia.
Em até 72 horas após a internação, acontece a análise nutricional do paciente e o acompanhamento da mesma. “Todo o servimento de dietas é realizado por técnicas de nutrição supervisionadas por nutricionista”, acrescenta a coordenadora.
Dieta por sonda
Em algumas situações os pacientes adultos ou infantis dependem de nutrição enteral porque não podem ou não conseguem se alimentar totalmente pela boca. Nesses casos, eles vão precisar de dieta introduzida pelo nariz e posicionada no estômago – nasogástrica – ou no intestino delgado – nasoentérica. Além disso, a sonda pode ser acoplada direto no estômago. Trata-se da gastrostomia, ou ainda no intestino, que é jejunostomia.
A nutricionista Mariane Damásio informa que 20 pacientes do HMGV recebem nutrição enteral. Orienta-se o familiar ou responsável sobre os cuidados com a sonda daqueles que têm previsão de alta e instrui-se quanto à cautela e ao manuseio da sonda, bem como a respeito da dieta a ser oferecida ao paciente durante os encontros no Grupo de Orientação de Cuidados Pós-Alta (GOCA). Com a alta, o paciente sai do HMGV com kit composto por litros de dieta, frascos e itens para os primeiros dias fora do hospital.
Mariane lembra que os pacientes recebem durante a internação hospitalar a documentação para que possam encaminhar e ter a dieta, gratuitamente, via Secretaria Municipal de Saúde de Sapucaia do Sul.