Incidência de doenças infecciosas aumenta com a chegada do frio

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Com a chegada do frio, chega, também, uma série de doenças infecciosas, inflamações e alergias. Dentre estas, as mais comuns são a gripe e o resfriado que são causadas por vírus. Já as infecções bacterianas mais frequentes neste período são sinusite, otite, faringite e pneumonia.

Segundo Marcelo Bitelo, médico infectologista da FHGV, normalmente as infecções virais são autolimitadas, podendo causar sintomas mais brandos desde espirro e coriza até febre alta e dor no corpo. “Nestes casos, a duração do quadro é curta e o tratamento é baseado somente em medicações sintomáticas para dor, febre, congestão nasal, entre outros”.

Também podem ocorrer infecções graves, como a gripe causada pelo vírus Influenza A, que necessita de tratamentos mais específicos que devem ser iniciados em até 48h após o início dos sintomas. Já as infecções bacterianas causam sintomas mais intensos e febre persistente e necessitam de tratamento com antibióticos. “Em alguns casos, a infecção ocorre após um quadro de infecção viral, onde os sintomas permanecem por mais tempo”, explica Marcelo.

Dentre os quadros de infecção bacteriana, o mais grave é a pneumonia, onde os pulmões são afetados diretamente. Nesse caso, tosse, falta de ar, tosse com catarro e dor ao respirar são os sintomas mais rotineiros. Algumas vezes, a internação é necessária para iniciar o tratamento com medicação intravenosa e uso de oxigênio complementar.

Prevenção e tratamento

Neste período do ano, onde a incidência dessas doenças aumenta, é necessário estar atento à crianças, idosos e portadores de doenças crônicas (principalmente respiratórias), devido à maior predisposição a desenvolver quadros mais graves.

Segundo Marcelo Bitelo, o atendimento deve ser feito em UBSs e UPAs para o diagnóstico e tratamento corretos. Nos casos mais graves, como pacientes com falta de ar intensa, alteração dos sentidos e dores fortes, devem procurar a emergência do hospital ou, se for o caso, acionar o SAMU.

A melhor maneira de se prevenir deste incômodo é através de vacinas (confira calendário em seu município), boa alimentação e hidratação, deixar a casa bem ventilada e limpa, evitar ambientes fechados sem ventilação, evitar locais fechados e utilizar a “etiqueta da tosse”.

Etiqueta da tosse

Seguir uma conduta específica na hora de tossir pode parecer um pouco estranho, mas é uma das maneiras mais recomendadas por especialistas para evitar o contágio de doenças virais, principalmente a gripe. Esta etiqueta consiste em cobrir a boca com a parte interna dos braços quando for espirrar ou tossir. Ela ajuda a evitar a propagação dos vírus, principalmente em locais fechados ou de pouca circulação de ar, onde há maior chance de contágio.

Pode-se acrescentar à etiqueta algumas outras maneiras de minimizar a chance de contaminação, como não espirrar nas mãos, não utilizar lenços de pano (optando pelos descartáveis), lavar as mãos frequentemente (principalmente após espirrar), não compartilhar objetos de uso pessoal, evitar aglomeração de pessoas e manter janelas abertas para circulação de ar, mesmo em dias de frio.

Como saber a diferença entre infecção bacteriana e viral?

A diferença essencial entre uma infecção viral e uma bacteriana é a forma com que esta se desenvolve no organismo. Bactérias são organismos de uma célula só que se multiplicam. Os vírus, por sua vez, não se dividem, mas invadem uma célula e apoderam-se desta fazendo com que apenas se possa combatê-lo com agentes antivirais que os eliminem por inteiro.

Nas infecções virais, os sintomas mais frequentes são:

* Febre;

*Náuseas e/ou diarreia;

*Muco nasal ou no peito;

*Mal estar;

*Dor de garganta.

Para conhecer a origem de sua infecção é importante consultar o médico para a realização de exames, mas existem alguns sinais que podem ajudar na identificação da causa da doença. Por exemplo, quando a condição é causada por um vírus, costuma durar de 3 a 10 dias, e os primeiros dias são os de maior abatimento e cansaço. Já as infecções bacterianas costumam durar mais de 7 dias e a sensação de mal estar só cresce.

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