Setembro Amarelo marca a prevenção do suicídio
Desde 2014, o mês de setembro é reservado para prevenção de suicídio. O Brasil está entre os dez países com maiores números absolutos de suicídio no mundo e, portanto, o tema é extremamente relevante no nosso país. Segundo dados do DATASUS (2015), a taxa de suicídio no Rio Grande do Sul é a maior entre os estados da federação brasileira, apresentando 10,9 suicídios por 100 mil habitantes. Ao contrário do que muitos pensam, sintomas relacionados ao suicídio são comuns. Durante a vida, 17,1% das pessoas apresentam ideação suicida, 4,8% apresentam plano de se matar e 2,8% tentam de fato se matar.
Os principais fatores de risco para suicídio são tentativas prévias e presença de doença mental. As doenças psiquiátricas mais associadas são depressão, transtorno afetivo bipolar e dependência química. Outros importantes fatores de risco são desesperança, desespero, desamparo e impulsividade. Mulheres tentam suicídio três vezes mais que os homens, porém homens morrem três vezes mais que mulheres por suicídio, pois utilizam métodos mais letais. Além disso, doenças não psiquiátricas (câncer, infarto, etc) também aumentam o risco de suicídio.
Quando houver ideação e plano de suicídio e não existir segurança suficiente no ambiente familiar capaz de refrear o impulso suicida, a internação psiquiátrica é essencial para a proteção da vida.
Fique atento. E sempre que identificar possíveis sinais de suicídio em pessoas de sua convivência, busque ajuda profissional, pois a grande maioria das mortes por suicídio podem ser evitadas com a ajuda adequada.
(Pedro Lopes Ritter – Médico Psiquiatra – CREMERS 32057)