Hospital Getúlio Vargas começa a utilizar a Terapia do Polvo
A prática surgiu na Dinamarca, foi difundida em outros países da Europa e há algum tempo está nos principais hospitais do Brasil: através do contato com pequenos bonecos de crochê, em forma de polvo, os bebês prematuros ou com problemas de saúde conseguem recuperar a memória do aconchego do útero, sentindo-se mais tranquilos e mantendo o batimento cardíaco estável. Envoltos nos tentáculos do polvo, que se assemelham ao cordão umbilical, os bebês passam por um verdadeiro processo terapêutico.
Essa técnica começou a ser aplicada no Hospital Municipal Getúlio Vargas na terça-feira (23), com resultados bastante alentadores. “Temos o caso de um bebê prematuro que não estava ganhando peso e que, através do contato com o pequeno polvo de crochê, começa a apresentar um quadro evolutivo”, diz Patrícia Bienert, coordenadora da Linha Mamãe, Bebê, Criança do HMGV.
Os polvos de crochê medem aproximadamente 25 centímetros. Para eliminar qualquer risco de contaminação ou infecção, os bichinhos terapêuticos, após o contato com cada bebê, são submetidos ao mesmo processo de esterilização dos materiais cirúrgicos, passando pelo equipamento Autoclave e, em seguida, sendo embalados para uma próxima visita.
Segundo Patrícia, a utilização dos polvos só foi possível em virtude do trabalho da voluntária Camila Modesto, que confeccionou nove peças e fez a doação ao Hospital. “A Camila foi fundamental nesse processo, pois já traz a experiência da produção dos polvos do Hospital Conceição, de Porto Alegre, e agora atendeu aos nossos apelos e nos ajudou nessa experiência que afeta diretamente no cuidado e no bem estar dos recém nascidos prematuros ou com problemas de desenvolvimento”, completa.