Hospital Municipal Getúlio Vargas beneficia mais de 100 recém-nascidos por mês com Teste da Orelhinha
Cuidadosa com a saúde dos filhos, a manicure Márcia Adriane Moraes dos Santos estava entre as mães que levaram seus bebês para fazer o teste da orelhinha no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), de Sapucaia do Sul, na primeira quinzena de agosto. “Meu filho nasceu aqui e achei ótimo ele ter a oportunidade de fazer este exame para verificar problemas de audição. Ainda bem que deu tudo certo”, manifestou a moradora do bairro Jardim América.
O HMGV garante a realização do teste pelo SUS, beneficiando mais de 100 recém-nascidos por mês. Esta iniciativa conhecida como “Triagem Auditiva Neonatal” foi instituída pela Lei Federal 12.303/2010, que tornou obrigatória e gratuita a aplicação deste exame nas maternidades dos hospitais. Com o procedimento, é possível diagnosticar precocemente os problemas auditivos em bebês nas primeiras 48 horas de vida. Somente em 2015, o HMGV aplicou 1.451 testes. “Este teste é fundamental para diagnosticar precocemente a perda auditiva nos recém-nascidos, a fim de encaminhar o tratamento imediatamente”, considera a fonoaudióloga responsável do HMGV, Naiara Souza e Silva da Costa.
Segundo o pediatra e coordenador adjunto da Linha de Cuidado Mãe, Bebê e Criança do HMGV, Fábio Baiocco, a audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento das crianças. “Antes de nascer, no quinto mês de gestação, o bebê já escuta a voz e os sons do corpo da mãe. Pela audição, começa o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a fala. O teste da orelhinha ou Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos”, elucidou.
Ele explica que “o exame consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do bebê. É rápido, seguro e indolor. No caso de suspeita de alguma anormalidade, a criança é encaminhada para uma avaliação otológica e audiológica completa.”
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada 10.000 nascimentos, 30 crianças apresentam algum tipo de deficiência auditiva. Veja alguns riscos para perda auditiva nos bebês: outros casos de surdez na família; prematuridade; baixo peso ao nascer; uso de antibióticos ototóxicos e diuréticos no berçário; infecções congênitas, principalmente citomegalovirose e rubéola.