DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA É LEVADA AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

 In FHGV, Hospital Municipal Getúlio Vargas, Notícias

Um encontro na sede do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul reuniu, na quinta-feira (2), representantes da Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública, presidente e conselheiros do TCE. Na pauta, a iminência de colapso no sistema de saúde do Estado, os riscos para os gestores municipais na apreciação de contas, e o atendimento aos 12% previstos na Lei Complementar 141.

O coordenador da Frente, deputado Tarcísio Zimmermann, começou dizendo que o objetivo do encontro era um pedido de socorro. Entre as providências solicitadas, a de que o Tribunal intermediasse uma mesa de negociações junto à Secretaria Estadual de Saúde para que fossem tratados os temas citados.

Para avaliar a situação e propor encaminhamentos, o presidente do TCE, Marco Peixoto, reuniu alguns conselheiros, entre eles o vice-presidente da instituição, Iradir Pietroski, Pedro Figueiredo e Estilac Xavier. “Vamos estudar formas que permitam repasses escalonados de recursos a partir de estudo aprofundado que nossa área técnica apresentará, com o objetivo emergencial de evitar que os hospitais fechem suas portas”, disse Peixoto.

Para o diretor geral da FHGV, Juarez Verba, que na ocasião representava a Associação Gaúcha dos Hospitais Públicos Municipais, “o presidente Peixoto mostrou sensibilidade às questões apresentadas e se propôs a mediar a possibilidade de avanços junto ao governo estadual, o que é representa uma perspectiva positiva”.

AS DIFICULDADES DA SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO

Os representantes da Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública concentraram-se em três temas. O primeiro deles diz respeito ao colapso do sistema de saúde do Estado. Os atrasos nos repasses por parte do governo estadual ocasionam redução na prestação de serviços, fechamento de Hospitais e não pagamento de trabalhadores e fornecedores. No caso dos Hospitais Orçamentados, que vêm lutando para não reduzir atendimento, a iminência de corte paulatino de incentivos gera o não cumprimento de metas, o que traz como conseqüência ainda mais redução das verbas estaduais, formando um ciclo vicioso.

O segundo tema apresentado pela Frente ao TCE tratou dos riscos para os gestores municipais. O atraso dos repasses afeta o resultado das contas das administrações, causando descompassos em relação ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Foi solicitada a sensibilidade do Tribunal em relação ao caso.

A última pauta foi sobre as possibilidades de cumprimento da Lei Complementar 141, que trata dos 12% para a saúde. Foi proposto um debate sobre o escalonamento para que seja alcançado esse percentual. O presidente do TCE, Marco Peixoto, comprometeu-se a atuar junto ao governo do Estado para encaminhar solução para o impasse.

A Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública é composta pela Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), Associação Gaúcha de Municípios (AGM), Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos, Associação Gaúcha dos Hospitais Públicos Municipais, Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do RS (FEESSERS), Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS/RS), Sindicato dos Enfermeiros do RS e pelo Conselho Regional de Farmácia.

 

 

 

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