Uma homenagem a todas as trabalhadoras da FHGV que prestam seu talento em diferentes atividades
Lugar de mulher é no volante
Vaidosa e determinada, a chefe de família Patrícia Regina Nunes, 39 anos, é a única mulher a integrar a equipe de motoristas da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV). Ela quebrou tabus, provando que tem capacidade de sobra para conduzir veículos de pequeno e grande porte. “Escolhi esta profissão porque amo dirigir. Fiz a carteira B aos 23 anos e mais tarde ingressei no curso de motorista profissional, que me garantiu a carteira D para o transporte coletivo de passageiros. Comecei a trabalhar como manobrista e depois fui para a linha de ônibus”, conta com orgulhosa.
Patrícia trabalha na FHGV desde 2014, quando foi convocada pelo concurso público. “Ser motorista é um ótimo desafio. Todos me incentivam e me respeitam aqui na Fundação. Sempre que posso ajudo as pessoas a manobrarem seus carros na garagem. E os homens não se importam com isso”, disse. “Nós mulheres somos cuidadosas na direção.”
Ela divide seu tempo em uma tripla jornada de trabalho: Atua como motorista na Fundação, cuida sozinha do filho de 11 anos e ainda estuda. Ela tem como meta fazer um curso de graduação em Enfermagem.
“As mulheres não sabem a força que possuem. Superar o medo e seguir adiante é o caminho para nossas realizações. Se existisse outra vida gostaria de ser mulher novamente”, manifestou.
Você sabia que? – Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2014, dos mais de 60 milhões de motoristas no Brasil, quase 20 milhões são do sexo feminino e, 71% dos acidentes são provocados pelos homens e apenas 11% pelas mulheres, sem contar que 70% das multas são para motoristas do sexo masculino.
Meninas podem ser eletrotécnicas
Incentivada pelo pai metalúrgico, Juliana Santos de Brito, 20 anos, provou que o curso de eletrotécnica não é exclusivamente para meninos. A jovem investiu nos estudos e conquistou seu primeiro emprego como técnica de manutenção em eletrônica na FHGV. Juliana é a única mulher na equipe de manutenção. “Na minha área, as empresas preferem contratar o sexo masculino”, explicou. “Ingressei na Fundação por concurso público em 2014 e sou respeitada pelos colegas, que me oferecem ajuda quando preciso fazer um pouco mais de força.”
Ela vive uma rotina movimentada: Trabalha 40h na instituição, é acadêmica de Engenharia Química na UFRGS e mora com o namorado.
Com um sorriso no rosto, a eletrotécnica considera que “ser mulher é ter coragem para aceitar cobranças, sem perder a força, habilidade e delicadeza”.