FHGV apresenta ações para enfrentar doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti

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O mosquito Aedes Aegypti é transmissor da Dengue, da febre Chicungunya e do Zika vírus (causador da microcefalia). Considerando o iminente risco de contágio dessas doenças junto à população, a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) inicia nesta semana uma série de ações assistenciais e de infraestrutura para o enfrentamento ao mosquito e suas consequências.

No âmbito assistencial, as principais ações são as seguintes: 1)Revisão dos protocolos ministeriais referentes à Dengue, febre Chicungunya e febre do Zika vírus; 2) Descrição do Protocolo para Notificação de Pacientes com suspeitas das referidas doenças nas unidades da FHGV; 3) Fluxograma com descrição de casos suspeitos, grupos de risco, sinais de gravidade para capacitação do acolhimento dos pacientes; 4) Protocolo com detalhamento de exames específicos e conduta clínica para cada doença.

No que se refere à infraestrutura, duas práticas: 1) Ação conjunta das unidades assistenciais, com o controle ambiental do município para a identificação de focos e combate a larvas do mosquito; 2) Orientação aos trabalhadores acerca de cuidados no domicílio para evitar o acúmulo de água e a proliferação do vetor.

Para a operação desse conjunto de ações, os gestores da FHGV de cada município farão contato com a respectiva Secretaria Municipal de Saúde para agendar visita do controle ambiental nas unidades.

Os efeitos do mosquito no Rio Grande do Sul

Em relação à Dengue, em 2015, foram notificados no Estado 4.065 casos suspeitos e 1.277 casos confirmados. A febre Chikungunya teve 74 suspeitas e 4 confirmações, enquanto a febre Zika Vírus registrou 24 suspeitas e nenhuma confirmação.

O Aedes costuma ter sua circulação intensificada no verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, precisa de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.

Medidas de prevenção

No combate ao mosquito, a população pode adotar alguns cuidados simples em suas casas e pátios, com o objetivo de diminuir e evitar potenciais recipientes para o desenvolvimento das larvas do inseto. Deve-se, principalmente, evitar o acúmulo de água parada, que é onde o inseto se reproduz. Entre as principais recomendações, destacam-se:

– Tampar caixas d’água, tonéis e latões,
– Guardar garrafas vazias viradas para baixo,
– Guardar pneus sob abrigos,
– Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia,
– Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises,
– Manter lixeiras fechadas e
– Manter piscinas tratadas o ano inteiro.

 

Conheça as diferenças entre as doenças

Dengue – Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. É a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo.

Febre Chikungunya – É uma infecção viral que pode apresentar febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Após a picada do mosquito, o início dos sintomas pode levar de 2 a 10 dias, podendo chegar a 12.

Zika Vírus e Microcefalia – A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3 a 7 dias, geralmente sem complicações graves e não há registro de mortes. A taxa de hospitalização é potencialmente baixa. Mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas.

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