Doação de órgãos encaminhada pelo Hospital Tramandaí beneficia quatro pessoas

 In FHGV, Hospital Tramandaí, Notícias

Quatro pessoas, que esperavam ansiosamente por uma doação de órgãos, começaram 2016 com uma nova perspectiva de vida: foram beneficiadas com o transplante de pulmão, rins e fígado encaminhados pelo Hospital Tramandaí. O fato ocorreu no dia 6 de janeiro, após a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Transplantes de Tecidos (CIHDOT) da instituição confirmar a morte encefálica de um jovem de 19 anos, vítima de acidente de trânsito. Foi a primeira vez que o HT conseguiu fazer a captação de pulmão, que não acontece com frequencia, pois depende muito do doador e outros requisitos. “Esse tipo de doação foi inédita no HT. Estamos muito orgulhosos por essa conquista. Foi um ato de amor da família diante de um momento tão triste”, considerou a diretora assistencial do HT, Ramone Oliveira.

Segundo o coordenador da CIHDOT do Hospital, o médico plantonista da UTI Gaston Garcia, a equipe está sempre atenta à possibilidade de uma doação de órgãos. “Quando identificamos que o jovem poderia evoluir para uma morte cerebral, conversamos com a família que foi muito sensível e logo demonstrou interesse pela doação. Em seguida, acionamos a Organização de Procura de Órgãos (OPO2), que encaminhou o procedimento para captação”, esclareceu.

“A população precisa ser conscientizada sobre a importância da doação de órgãos. A luta contra o tempo é desesperadora. Muitas vezes, por medo ou falta de informação as pessoas se eximem. É possível mudar essa realidade conversando com as pessoas que estão na fila de espera por transplante, a fim de percebermos o quanto a doação faz a diferença”, reforçou.

O Hospital Tramandaí é referência no Litoral Norte na captação de órgãos e é destaque no RS.

Como funciona?

A captação de órgãos é feita após a comprovação da morte encefálica, geralmente com dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou AVC. Depois, a Comissão conversa com a família para permitir a retirada de órgãos. Em adultos, a autorização pode ser feita por familiar com grau de parentesco em até 2º grau e, em menores de 18 anos, é necessário o consentimento de pai e mãe ou responsável com tutela.

 

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