HumanizaSUS debate o dia a dia no serviço de saúde pública
Promovido pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), através do Eixo de Educação e Trabalho da Unidade de Gestão de Pessoas (UGP), o Encontro HumanizaSUS reuniu trabalhadores e gestores de diferentes hospitais e unidades de saúde para debater o cotidiano de atendimento ao público. “Foi um evento positivo, em que tivemos oportunidade para aprofundar o debate e trocar informações sobre situações que marcam o trabalho diário nessas instituições”, disse a coordenadora da UGP Fernanda Luz.
Realizado na sexta-feira (29), em dois turnos, no auditório da FHGV, o HumanizaSUS teve a condução da consultora do Ministério da Saúde Cecília Marques, que deu início à apresentação a partir da abordagem da Política Nacional de Humanização (PNH), explicando as fases de Princípios, Métodos, Diretrizes e Dispositivos. À medida que a exposição avançava, o público fazia questionamentos e relatava exemplos das relações diárias de trabalho.
Opinião dos participantes
Para Melina Biazus, encarregada de pessoal do Hospital Tramandaí, o tema que mais chamou a atenção refere-se às visitas abertas. “Concordo com a ideia de liberação dos horários de visita para os familiares dos pacientes, pois assim se evita o tumulto que pode acontecer pela concentração de pessoas em horários limitados”, diz ela. Também de Tramandai, o enfermeiro Luiz Filho aprovou a iniciativa do evento, valorizando a possibilidade de troca de experiências que geram novas perspectivas.
Renata Garcia Pereira, psicóloga do Hospital Municipal Getúlio Vargas, ressaltou a parte da apresentação que tratou dos conflitos que inevitavelmente acontecem nas situações de trabalho: “Esses conflitos já são esperados, portanto é possível pensar e antecipar soluções, pois fazem parte do processo de mudança”.
Vários outros assuntos foram abordados, proporcionando um acúmulo de conhecimentos que agradou aos participantes do encontro.
Para a consultora Cecília Marques, “esses espaços de diálogo são muito importantes para que sejam aprofundados os debates das práticas de atendimento que fazem parte do dia a dia dos hospitais e das unidades de saúde”. Segundo ela, “estamos tratando de uma mudança de cultura”.